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A curva do esquecimento na educação corporativa

curva de esquecimento consiste no declínio da retenção de memória com o passar do tempo. Essa curva mostra a evolução da perda de informações e conhecimentos, quando não ocorre nenhum tipo de ação, na tentativa de retê-los.

Um conceito diretamente relacionado é a força da memória que se refere à durabilidade que a memória traça no cérebro. Quanto mais forte é a memória, mais tempo a pessoa é capaz de se lembrar dela.

Um gráfico típico da curva de esquecimento pretende mostrar que os humanos tendem a reduzir pela metade sua memória do conhecimento recém-aprendido em questão de dias ou semanas, a menos que revisem conscientemente o material aprendido.

A curva de esquecimento suporta um dos sete tipos de falhas de memória: a transitoriedade, que é o processo de esquecimento que ocorre com o passar do tempo.

Mas de onde surgiu essa teoria?

De 1880 a 1885, Hermann Ebbinghaus conduziu um estudo tendo a si mesmo como objeto. Ele estudou a memorização de sílabas sem sentido, como “WID” e “ZOF” (CVCs ou Consoante-Vogal-Consoante). Em seguida ele testou a sua memória após vários períodos e registrou os resultados.

Ele traçou esses resultados em um gráfico, criando o que agora é conhecida como “curva de esquecimento”. O gráfico abaixo mostra o declínio da retenção de informações, comparando uma situação inicial sem ações de repetição para retenção com o resultado após aplicações de “reforço” com frequências variáveis.

O pesquisador levantou a hipótese de que a velocidade de esquecimento depende de vários fatores, como a dificuldade do material aprendido (por exemplo, quão significativo e complexo é), sua representação e outros fatores fisiológicos como estresse e sono.

Ele continuou a hipótese observando que técnicas mnemônicas podem ajudar a superar o “esquecimento”. Indicou duas ações:

  1. Melhor representação da memória (por exemplo, com técnicas mnemônicas)
  2. Repetição baseada na recordação ativa(especialmente repetição periódica).

Pesquisas posteriores sugeriram que, além desses dois fatores, o conhecimento prévio superior também produziria esquecimento mais lento. Quanto mais informações referenciais, mais lenta a taxa de esquecimento.

Conclusão: dedicar algum tempo diariamente, para lembrar informações anteriores, tende a diminuir os efeitos da curva de esquecimento.

E qual a importância disso para a Educação Corporativa?

As empresas e seus profissionais dedicados a treinamentos e educação corporativa esperam que os recursos e esforços aplicados nas ações educativas tenham efeito duradouro.

Ninguém planeja ensinar princípios e procedimentos a um colaborador, que depois de alguns dias acabará por se esquecer do que foi aprendido. Isso seria um desperdício de orçamento dedicado ao processo, bem como de horas de esforço dos profissionais envolvidos.

Ações de reforço, de rememorização do aprendizado devem fazer parte de um plano educacional corporativo de qualidade. Seja por meio de pílulas de conhecimento pós-treinamento, preleções ou mesmo observando que o conteúdo passado faça parte do cotidiano laboral do funcionário, obrigando-o a aplicar e assim relembrar o que lhe foi ensinado.

Podemos citar alguns exemplos de objetos educacionais que podem ser aplicados pensando em perpetuar o conhecimento adquirido: quiz games rápidos, simuladores situacionais com tomadas de decisão, infográficos, pocket e-Books, simulados periódicos, dentre outros.

Quando planejar suas ações educacionais corporativas, leve em consideração a teoria da curva do esquecimento. Os resultados serão muito melhores a médio e longo prazos.

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