O crescimento da demanda para migrar treinamentos tradicionais para o mundo digital fez despertar inúmeras dúvidas em profissionais ainda pouco habituados com projetos na modalidade on-line e a distância.
Uma das primeiras questões levantadas para análise costuma ser: vamos produzir os treinamentos on-line dentro da empresa ou vamos contratar um parceiro especializado que assumirá esse trabalho?
Olhando de uma forma geral para as empresas vamos encontrar todos os tipos de cenários, mas normalmente uma empresa prefere focar estrategicamente os seus esforços internos nas suas atividades essenciais (core), o que na maioria das vezes não inclui o treinamento.
Isso também pode ser explicado por uma questão pautada pelas competências necessárias para assumir um desafio de desenvolver treinamentos e trilhas de aprendizagem on-line.
Podemos usar essa mesma lógica quando olhamos para a estratégia em relação à adoção de plataformas de gerenciamento: são pouquíssimas as empresas que optam por desenvolver/programar e até mesmo hospedar seus portais/sistemas de treinamento.
Hoje é muito mais rápido, seguro e econômico terceirizar essa parte para o fornecedor, ou seja, adotar uma plataforma de mercado hospedada na nuvem.
Mesmo assim, existem casos em que a internalização do processo para a geração dos treinamentos on-line pode fazer bastante sentido para uma empresa. Isso depende do perfil da área de treinamento, da sua familiaridade com projetos de educação digital e do tipo/ritmo/tamanho da demanda existente.
Nesse sentido, uma peça fundamental para suportar essa estratégia de produção interna é a adoção de uma ferramenta de autoria visando produtividade.
Atualmente existem incontáveis opções de ferramentas de autoria disponíveis com características muito variadas, mas essencialmente a proposta da ferramenta de autoria é permitir que uma pessoa que não saiba programar consiga produzir cursos e/ou objetos de aprendizagem atrativos, interativos e engajadores.
Na prática isso significa simplificar o processo de produção, pois muitas vezes um único profissional de treinamento conseguirá (sozinho) gerar os cursos, o que de outra maneira demandaria uma equipe maior.
Outra vantagem da ferramenta de autoria é poder viabilizar projetos que demandem uma produção muito ágil, com prazo apertado. Isso é o que muitas vezes justifica (por si só) a adoção de uma ferramenta de autoria. É claro que quando falamos de uma produção mais rápida também estaremos considerando uma produção mais simples.
Isso porque o grau de sofisticação de um curso (mesmo que usando uma ferramenta de autoria) continua dependendo das horas investidas para construção, mesmo que a ferramenta ofereça templates e outras facilidades que simplifiquem e agilizem o trabalho.
Ainda assim, é importante ter em mente que, por melhor que seja a ferramenta de autoria, ela ainda apresentará limites. Isso porque estamos falando em essência de um sistema que se baseia em funcionalidades e templates, justamente para garantir produtividade.
Se olharmos para as diversas opções de ferramentas de autoria podemos classifica-las dentro de categorias distintas, pensando no que elas se propõem a fazer.
Conversores de conteúdos
Existem ferramentas muito simples que na verdade são meros conversores de conteúdos (conceitualmente nem é justo chama-las de ferramentas de autoria, mas vamos deixar essa polêmica de lado).
Essas ferramentas permitem converter rapidamente apresentações PowerPoint já existentes com a adição de elementos interativos simples, tais como botões de navegação, menu de acesso rápido e quizzes/exercícios. Nesse caso podemos dizer que a autoria foi feita, de fato, no PowerPoint.
Dentro dessa categoria podemos inserir também as ferramentas que funcionam como “encapsuladores” de conteúdos existentes. São ferramentas que permitem agrupar e organizar conteúdos que já existem: inserir (embedar) um vídeo do YouTube, um arquivo de áudio (podcast), copiar um texto do Word, um hyperlink para um artigo externo, etc.
Algumas até permitem a adição de alguns elementos interativos nativos, mas novamente estamos falando de projetos em que grande parte do conteúdo já existe ou será produzido de outra maneira (não pela ferramenta).
Ferramentas de autoria
Existem outras soluções que podemos classificar como ferramentas de autoria, pois oferecem um conjunto mais amplo de funcionalidades. Aqui também é possível encontrar diversas opções no mercado, com diferentes níveis de sofisticação, mas não se tratam de meros conversores ou encapsuladores de conteúdos.
Dentre os recursos que encontraremos em tais ferramentas podemos destacar: a adição de interatividade por meio de triggers (gatilhos), animações organizadas em timelines, recursos para a criação de árvores de decisão e múltiplos caminhos de aprendizagem, funcionalidades para capturar telas de sistema, gerar vídeos, áudio, dentre outros.
Ainda assim essas ferramentas também permitem a importação de conteúdos em formatos já existentes (vídeos, PowerPoint, áudio, etc.) como fazem os conversores de conteúdos.
Compreendendo as diferentes opções acima torna-se necessário avaliar o que a sua empresa precisa de fato. Isso passa pela análise das demandas mapeadas ao longo do tempo, do perfil do público que será treinado (e como isso acontecerá) e principalmente pelo orçamento disponível.
O desafio realmente se torna organizar esses parâmetros em uma equação que permita enxergar a melhor estratégia possível, lembrando que a adoção de ferramentas de autoria não exclui necessariamente o apoio de um parceiro especializado, seja para projetos mais sofisticados ou para gerar objetos específicos a serem incorporados nos treinamentos gerados via ferramenta de autoria.
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Caso você queira saber mais sobre as alternativas e estratégias de diversificação de formatos educacionais faça contato com a nossa equipe. Vamos conversar e juntos buscar a melhor solução para o seu projeto.