Educação Corporativa

A prática da inclusão na educação corporativa

“A Educação Corporativa consiste em um projeto de formação desenvolvido pelas empresas, que tem como objetivo “institucionalizar uma cultura de aprendizagem contínua, proporcionando a aquisição de novas competências vinculadas às estratégias empresariais”” (Quartiero Cerny, 2005, p.24)

O conceito de institucionalização, em sua definição clássica, refere-se ao processo pelo qual organizações, condutas ou processos, voltados a todo o público a que dizem respeito se tornam estáveis no tempo e adquirem valor por si mesmas.

As ações educacionais corporativas fazem parte do todo, quando se fala sobre o ambiente empresarial. Ora, se as ações de treinamento e empresariais são de fundamental importância para a melhoria dos processos produtivos, administrativos e de cunho comercial da empresa, como deixar de lado a preocupação com a inclusão nas ações educacionais?

Assim sendo, não é suficiente o discurso da inclusão no ambiente empresarial, apenas sob o aspecto das atividades laborais cotidianas.

O que isso significa?

Vejamos um exemplo prático: quando uma empresa contrata um funcionário com deficiência visual para desempenhar uma atividade administrativa, e dentro do plano de treinamento existe um curso on-line, o mesmo deve contemplar condições de acessibilidade. Se houver um texto, ele deverá ser locucionado. Se houver cenas explicativas em um curso e-Learning, ele deve dispor da opção para audiodescrição da mesma, e assim por diante.

De fato, os desafios nesse processo de inclusão são diversos e exigem do profissional responsável pelo planejamento das ações de treinamento e educação corporativa perspicácia, criatividade e empatia.

Por exemplo, atualmente muitas empresas já produzem vídeo aulas contendo legendas em LIBRAS (a Língua Brasileira de Sinais), pensando assim em atender plenamente a todo o seu quadro de colaboradores.

Cada organização tem uma realidade ímpar e necessidades diferentes.

Por falar em “diferentes”, sempre é bom lembrar que falar sobre inclusão não significa apenas possibilitar condições para pessoas com limitações físicas, mas também tratar da questão da diversidade.

Diversidade também?

Sim. Basta lembrar-se sempre que o universo dos funcionários de uma empresa é (ou deveria ser) uma amostragem representativa da sociedade como um todo.

Uma organização pode ter pessoas de etnias e nacionalidades diversas, ainda, heterossexuais, representantes da comunidade LGBTQIA+, indivíduos magros, gordos, altos, baixos, de diferentes faixas etárias, etc. Enfim, quando desenvolvemos um curso, um learning game, uma videoaula ou qualquer outro material de aprendizagem, não podemos perder o foco principal: o público a quem pretendemos dirigir nossas mensagens, aqueles que pretendemos ensinar, treinar, preparar.

Todos devem estar e sentir-se representados nos treinamentos. É preciso ter cuidado com os discursos, para não cairmos no erro de usar expressões que remetam ao racismo estrutural, por exemplo, ainda que de forma inconsciente.

Mais do que isso, ao exemplificar situações típicas e usar personagens, é fundamental gerar identificação com o público, levando em conta, portanto, a representatividade da sua diversidade.

Caso necessite de ajuda para pensar no desenvolvimento do seu plano de educação corporativa contemplando o desenvolvimento de cursos inclusivos, faça um contato com a nossa equipe e podemos conversar melhor sobre o tema.