Educação Corporativa - Realidade Virtual

A influência da realidade virtual nos treinamentos para o varejo

Óculos simuladores, ambientes tridimensionais, pontos e troféus. Parece coisa de videogame, certo? Mas não é. Hoje, a realidade virtual vem sendo incorporada nas mais diversas aplicações do mercado, inclusive em ações para o desenvolvimento de pessoas.

De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela ABI Research, os investimentos em treinamentos baseados em RV por empresas norte-americanas será de US$ 216 milhões somente em 2018. Até 2022, acredite, passará a casa dos US$ 6 bilhões. As gigantes varejistas Walmart e Lowe’s são apontadas como as impulsionadoras desses números.

O fato é que a evolução e o barateamento dessa tecnologia nos últimos anos facilitaram o acesso de empresas de todos os portes, estimulando novas formas de promover a formação dos seus colaboradores.

Como apontado no estudo da ABI Research, o setor que mais investe (e investirá) em RV nos processos de treinamento e desenvolvimento é o varejo. Por isso, neste artigo, vamos esclarecer o que é a realidade virtual aplicada em treinamentos do setor e por que a sua empresa deve considerar o uso dessa tecnologia para ontem.

Afinal, o que é a realidade virtual?

Apesar de parecer um tópico futurista, o termo data de 1938. O autor francês Antonin Artaud praticamente batizou a RV ao sugerir um formato de teatro no qual a ilusão natural de personagens e objetos criavam uma “realidade virtual”.

No ano seguinte, em Nova York, foi exibido, na feira internacional de ciência o aparelho View-Master. Era, basicamente, um óculos estereoscópico para ver slides, que ficou muito popular à época.

Talvez, o conceito seja o mesmo, mas, nos dias atuais, a tecnologia oferece muito mais ao usuário. Podemos definir a realidade virtual como um ambiente capaz de “enganar” os sentidos – principalmente, audição e visão – por meio de uma interface computacional. Sua base são os displays, como óculos com visão tridimensional e headsets.

Seu intuito fundamental é chegar o mais próximo possível da nossa realidade. Por isso, ao utilizá-la no desenvolvimento de pessoas, a sua empresa potencializa os processos de imersão e retenção de conhecimento. O resultado é uma absorção mais rápida do aprendizado, já que a realidade virtual simula ambientes e situações reais.

Como muitos gadgets que começam a ser oferecidos por um alto preço e depois vão se tornando mais acessíveis gradativamente, a RV começou a ser mais usada para fins comerciais a partir de 2016. Atualmente basta um computador ou smartphone e um óculos especial.

Agora que você já conhece o conceito, vamos falar sobre aplicações práticas em treinamento de pessoas no varejo.

Aplicações da RV nos treinamentos do varejo

Para se ter uma ideia de como a realidade virtual funciona no contexto do varejo, o Walmart recriou vários cenários e situações de loja, implantou-os na plataforma, e treinou mais de 150 mil funcionários. Nos testes realizados, 70% deles receberam notas melhores, segundo a própria companhia.

Outro exemplo é o da Lowe’s, grande rede varejista do ramo de construção, que treinou mais de 400 colaboradores, com 90% relatando que os treinamentos em RV os ajudaram a atender clientes com mais qualidade.

Como sabemos, o sucesso de qualquer atividade varejista depende muito da qualidade do atendimento. Sendo assim, os ambientes de treinamento de RV são perfeitos para o setor. É principalmente com foco no cliente que as empresas estão investindo na tecnologia.

Simulando o ambiente de lojas e situações reais de atendimento, cria-se a sensação de interação real com o consumidor. Assim, os colaboradores experimentam diferentes abordagens, até mesmo aquelas mais críticas, em um ambiente preparado para se errar e aprender.

Num primeiro momento, investir em RV pode parecer caro e bastante complexo. Mas não é bem assim. Os benefícios em curto e médio prazos são claros. Ao colocar profissionais em situações reais de atendimento, a eficácia no desenvolvimento de habilidades e competências é imediata.

O uso de simuladores virtuais pode ainda reduzir o risco operacional dos treinamentos e aumentar a eficiência da capacitação com elevada redução dos custos inerentes ao modelo tradicional.

Conclusão

Inovar é preciso, sobretudo para elevar os resultados das ações de desenvolvimento. Promover uma formação moderna e diferenciada dentro do setor também é um gatilho para atrair e reter talentos.

Considere aplicar a realidade virtual nos seus treinamentos o quanto antes. Converse com os times e entenda onde existem gaps e oportunidades da aplicação de simulações, a fim de oferecer ainda mais recursos às iniciativas de T&D, aumentar a eficiência e a ajudar a companhia a elevar as receitas de forma rápida e consistente.

Equipe Clarity
www.clarity.com.br