Educação Corporativa

O Desafio do Blended Learning para o Profissional de Treinamento

treinamentoSe você trabalha com o desenvolvimento e a implementação de programas de treinamento já deve saber sobre a importância de expandir cada vez mais a sua visão sobre a utilização de forma integrada de recursos instrucionais mais atuais para tornar o aprendizado mais efetivo e moderno.

Estamos falando na prática do chamado Blended Learning que consiste na estruturação de programas que combinam diferentes meios e estratégias de aprendizado que em conjunto garantem um aprendizado mais consistente.

Se pensarmos no cenário em que vivemos hoje e em todas as ferramentas de aprendizado e comunicação que dispomos vamos identificar centenas de opções que podem ser adotadas para fins educacionais dependendo do objetivo, contexto e público-alvo de cada demanda. Para exemplificar, podemos citar algumas destas opções de recursos: vídeos, conteúdos para tablets, redes sociais, jogos de aprendizado, e-books, salas virtuais, listas de discussão, storytelling, repositórios de conhecimento, etc.

Uma pergunta muito frequente e bastante natural é como planejar e adotar essas diversas opções de meios e formatos dentro de um programa de aprendizado efetivo em termos técnicos e pedagógicos?

Podemos pensar em abandonar o modelo presencial, reformular drasticamente os processos de aprendizado que já seguimos, estudar e implantar um ecossistema revolucionário de aprendizado, ou até mesmo adotar novos papéis dentro da nossa organização, mas o que deve ficar claro é que se queremos que o nosso trabalho continue relevante precisamos agir para encontrar maneiras de promover o aprendizado além do treinamento como já o conhecemos.

Como existem incontáveis opções de formatos atualmente não é fácil escolher quais são as mais indicadas ou quais podem trazer os melhores resultados para cada tipo de demanda. Uma dica importante é pensar sempre no público-alvo. As pessoas normalmente gostam de ter opções diferentes e controle sobre como e quando participar de uma iniciativa de aprendizado mas elas também gostam de serem (até certo ponto) guiadas e orientadas para encontrar as melhores opções, ganhar tempo e também confirmarem se estão compreendendo adequadamente o que estão estudando.

A ideia de implantar um ambiente de aprendizado em que a pessoa tenha uma experiência bastante personalizada e direcionada, seja no cenário corporativo como no educacional, já existe há mais de uma década.

Para que um indivíduo consiga adquirir novos conhecimentos ou habilidades de forma personalizada no mundo tecnológico em que vivemos é indicado continuar a ler artigos, livros e acessar recursos mais tradicionais da web como sites e fontes diversas, além de seguir líderes e pensadores de interesse e estabelecer uma rede de contatos que lhe permita a troca de informações relevantes. Isso tudo pode acontecer pela Internet, certo? Até mesmo a educação formal pode ser viabilizada a distância e não pode ser desconsiderada dentro deste contexto.

Entretanto, esse ecossistema mais atual e moderno de aprendizado exigirá mais de cada indivíduo. A simples busca pelo conhecimento não é mais suficiente. Espera-se que o indivíduo se envolva e participe da geração do conhecimento dentro deste novo ecossistema, ou seja, ele não pode mais ser um mero coadjuvante que só obtém informação. Ele precisa gerar e compartilhar conhecimento e experiências para alimentar bases de conhecimento que servirão para outras pessoas e para o seu próprio desenvolvimento.

Mais do que isso, o indivíduo também deverá desenvolver a competência de monitorar o seu próprio ritmo de desenvolvimento, identificando os caminhos que lhe são mais úteis e os formatos que mais trazem resultados para o seu perfil e preferências de aprendizado.

Percebe-se claramente um nível de mudanças significativas em relação ao modelo mais tradicional de treinamento, sobretudo pelo lado de quem aprende. O profissional de treinamento precisa então expandir a sua abrangência de atuação, saindo de um modelo mais simples em que se pensa e executa projetos pontuais direcionados para demandas específicas, passando por um segundo estágio em que se atua para desenhar e implementar modelos que mesclam ou combinam formatos e meios distintos de aprendizado, até o ponto de se conseguir envolver diretamente no desenho e aplicação de ecossistemas de aprendizado em que o aprendiz tem um papel muito mais ativo na sua própria trajetória de desenvolvimento.

Nesse último estágio, sem dúvida o papel do profissional de treinamento muda bastante e ganha importância. Esse papel deixa de ser operacional e passa a ser muito mais consultivo uma vez que, no mundo em constante evolução em que vivemos, cada indivíduo sempre precisará buscar atualização de conhecimentos e habilidades e o profissional de treinamento deve ajudar como um conselheiro ou facilitador deste processo. Você está pronto(a) para esse desafio?

Equipe Clarity Solutions