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Planejando as Habilidades do Futuro na Revolução Digital

As ações tomadas hoje para treinar, formar ou reciclar a sua força de trabalho serão determinantes para moldar a sua capacidade de desempenhar e de se adaptar no futuro próximo.

Muitos analistas já afirmaram que estamos vivenciando a quarta revolução industrial, para alguns mais apressados já estamos na quinta revolução e se você pesquisar no Google, encontrará artigos que já estão falando em sexta revolução industrial.

Será que é isso mesmo que estamos vivenciando? Ou se trata de uma revolução inteiramente nova e diferente das anteriores?

Nós podemos debater sobre a nomenclatura acima durante muito tempo sem chegar a uma conclusão concreta, mas o que é consenso em todas as análises realizadas é a afirmação de que o mundo dos negócios será completamente diferente a partir do futuro próximo, impulsionado por invenções tecnológicas e mudanças significativas de hábitos. Isso terá impacto direto na maneira como trabalhamos e como vivemos.

Eis que no meio desta revolução (industrial ou digital, você pode escolher como quiser chamá-la) surge uma pandemia (COVID-19), que surpreende a humanidade e impacta profundamente a nossa maneira de trabalhar e viver (ou sobreviver), como poucas vezes se viu na nossa história. Isso, por si só, já foi suficiente para revolucionar a maneira como trabalhamos, provavelmente para sempre.

Se em revoluções anteriores o acesso a equipamentos e máquinas era o fator primordial para competir, vivemos uma revolução em que o avanço tecnológico e sobretudo a capacidade das pessoas são fundamentais, até mesmo para que as organizações consigam sobreviver em determinados mercados.

Se pensarmos que os avanços tecnológicos ainda são o resultado do trabalho de mentes humanas brilhantes, então poderemos concluir que tudo se resumirá à capacidade das pessoas envolvidas.

Essa revolução já está produzindo muitos novos negócios, o que evidentemente exige novas habilidades, competências e uma força de trabalho preparada para executá-los e mais do que isso, preparada para aprimorá-los continuamente, uma vez que tudo muda o tempo todo e muito rapidamente.

Nesse contexto, como preparar uma equipe ou uma força de trabalho inteira e garantir as competências e as habilidades necessárias para suportar novos negócios? Apresentamos abaixo três dicas que podem ser muito úteis para garantir que a sua operação esteja preparada para a revolução que enfrentaremos de agora em diante:

DICA #1: Faça um inventário e crie um plano de ataque

Já estamos vivendo essa revolução, estando ou não preparados para ela. E uma de suas principais características é a descentralização digital e todas as suas consequências diretas e indiretas. Por conta da pandemia, veremos a luta de diversos mercados e indústrias para tentarem se reconstruir, e muitos terão que se reinventar.

Torna-se fundamental compreender o estágio em que a sua equipe se encontra e enxergar os desafios que estão diante dela:

  • Reflita e faça uma lista de todos os desafios que você enxerga e que precisem ser enfrentados, para que a sua operação (seja ela qual for) possa evoluir e crescer, incluindo nessa análise o uso de possíveis ferramentas e canais digitais;
  • Faça um levantamento (um inventário) da sua equipe, de suas competências e capacidades e das tecnologias já acessíveis para ela;
  • Com esse inventário em mãos, confronte os desafios e identifique fraquezas ou gaps, tanto em termos de habilidades como em termos tecnológicos. Monte um plano para eliminar esses gaps.

Tenha em mente que o exercício acima pode ser o começo de um planejamento mais amplo e contínuo para preparar a sua operação não somente para o futuro próximo, mas para as fases seguintes de evolução.

DICA #2: Não deixe a sua equipe sozinha lá fora

Mesmo em países desenvolvidos, é comum identificar operações em que as pessoas simplesmente não recebem qualquer treinamento. Isso até pode funcionar, quando pensamos em situações em que as pessoas trabalham em equipe, próximas umas das outras, transferindo conhecimentos por meio da interação no dia a dia.

Então, como isso vai funcionar de agora em diante, sobretudo com o crescimento do home office, acelerado forçadamente pela pandemia de COVID-19? Nos EUA, uma pesquisa do Instituto SYKES apontou que 2/3 das pessoas já estão trabalhando em home office.

Torna-se crítico repensar os recursos e o tipo de capacitação oferecida para que as pessoas possam se preparar para trabalhar e aprender em um contexto digital e a distância.

A sua força de trabalho irá demandar conhecimento naturalmente e em muitos casos em um ritmo voraz. Se a empresa não oferecer meios para que as pessoas aprendam, elas irão buscar em outro lugar, o que pode ser bastante inconsistente e arriscado.

Por isso, não subestime a importância de apoiar e prover recursos, para que as pessoas possam estudar e se preparar para realizar o seu trabalho. A adoção da educação corporativa online é um caminho sem volta, então considere-a como sua aliada neste processo:

  • Avalie os conhecimentos já existentes e seus formatos. Reflita sobre a melhor maneira de extrair o conhecimento tácito e materializá-lo para depois disseminá-lo de modo estruturado e organizado;
  • Pense em ações para elevar a competência digital das suas equipes. A tecnologia deve ser uma aliada das pessoas e não mais um obstáculo;
  • Considere a adoção da mentoria on-line, estabelecendo parcerias entre colaboradores mais experientes e novatos.

Ao adotar estratégias de aprendizagem on-line, lembre-se de promover e patrocinar todas as iniciativas. É necessário motivar as pessoas e valorizar a importância das ações de aprendizagem. Algumas pessoas poderão naturalmente priorizar o trabalho e deixar de lado as atividades de aprendizagem.

DICA #3: Considere novas habilidades e competências para eliminar gaps

É normal planejarmos o futuro, tendo como base as experiências obtidas no passado. Por isso é muito importante abrir a mente e considerar habilidades e competências novas dentro do planejamento acima.

A lógica é simples: se a maneira de trabalhar precisa mudar as competências também poderão ser outras. Basta pensar na dinâmica do home office ou trabalho remoto. O que uma pessoa da sua equipe fará de forma diferente trabalhando de casa? O que muda na sua maneira de trabalhar?

O home office descentraliza as informações e os dados da sua operação. O que antes ficava centralizado na intranet da empresa, agora ficará distribuído em inúmeros computadores e dispositivos em diferentes localidades:

  • A área de TI tem um papel fundamental, não só para garantir o acesso remoto das pessoas às informações e ferramentas disponíveis para execução do trabalho, mas também para estabelecer e garantir medidas de segurança e proteção da informação;
  • Deve existir um plano de suporte técnico para apoiar remotamente as pessoas em suas casas;
  • Um novo modo de trabalhar fará com que processos antigos sejam alterados e novas ferramentas digitais sejam adotadas. Muitas vezes isso será demandado na ponta, ou seja, pelas próprias pessoas. Então, a organização deve prestar atenção nas suas demandas.

Se você fizer a análise acima e perceber que não possui todas as novas competências e habilidades “dentro de casa” não se preocupe, isso é muito mais comum do que você imagina.

Pense em adquirir novos talentos que sejam capazes de promover boas práticas para os demais. Com o home office você pode ter uma pessoa trabalhando e colaborando de qualquer lugar. Imagine como isso amplia o possível raio de recrutamento de novos talentos, que não estão mais restritos a uma única região localizada próxima à empresa.

Artigo traduzido e adaptado de:

https://trainingmag.com/the-digital-revolution-plan-now-to-build-toward-the-skills-of-tomorrow/