Educação Corporativa

Quando e Como Utilizar o Vídeo para Treinamento

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O uso do vídeo para promover o aprendizado não é novidade. Desde o advento da televisão inúmeras empresas e instituições educacionais em todo o mundo têm utilizado o formato de vídeo para ensinar alunos ou treinar funcionários.

Entretanto, duas mudanças significativas na última década fizeram com que o vídeo ganhasse um forte impulso como um formato ainda mais interessante para esta finalidade: a popularização em larga escala da Internet de alta velocidade e a difusão de equipamentos capazes de gravar e gerar arquivos de vídeo.

Hoje qualquer dispositivo móvel (smartphone ou tablet), menos ou mais sofisticado, permite que qualquer pessoa produza e compartilhe rapidamente conteúdos em vídeo. Isso significa que as barreiras tecnológicas para produzir e distribuir vídeos foram quebradas.

Mesmo assim, para produzir um conteúdo educacional em vídeo que seja eficaz e realmente promova os seus objetivos, existem outras questões importantes que precisam ser tratadas.

Antes de começar a produzir vídeos, sejam eles situacionais ou simples tutoriais de sistemas, é fundamental planejar antecipadamente o trabalho para obter os melhores resultados possíveis.

O uso do vídeo pela Internet pode ser uma poderosa ferramenta para disseminar o aprendizado, uma vez que este formato pode mesclar o aprendizado assíncrono, com a interação humana e a demonstração visual.

Pense primeiro nos objetivos

Existem muitos formatos para produzir e disponibilizar conhecimento. O vídeo leva uma certa vantagem diante dos demais por ser um formato mais atrativo para o cérebro humano, uma vez que ele combina imagem e áudio de forma dinâmica. É claro que um filme ruim não despertará este interesse por muito tempo. Por isso precisamos produzir conteúdos de boa qualidade, tanto em termos de linguagem, como enredo e duração.

O vídeo pode ser a opção mais interessante dependendo da quantidade de pessoas que serão atendidas. Quanto maior o público mais indicado será o vídeo, lembrando sempre que o público necessitará de meios para acessar o vídeo com qualidade (equipamento e conectividade).

A importância do treinamento em questão poderá definir o quanto poderá ser investido na produção de um vídeo. Esta produção pode variar muito em termos de custos, desde algo mais simples e semiprofissional até filmes com atores, gravação em estúdio, efeitos visuais, etc. Se este treinamento sofre muitas atualizações ao longo do tempo, repense a utilização do vídeo e o tipo de produção que você adotará. 

Prepare-se

Ao optar pela produção de vídeos para treinamento, seja qual for o nível escolhido para a produção, é fundamental planejar e preparar a execução do trabalho. Segue uma lista básicas de tópicos que podem orientar este planejamento.

  • Crie sempre um script simples para o caso de vídeos sobre sistemas ou um roteiro mais detalhado quando se tratar de vídeos situacionais.
  • Conte com o talento: se o seu orçamento permitir busque o apoio de profissionais, seja somente o caso de locutores que “emprestarão” as suas vozes, ou no caso de vídeos mais sofisticados, a inclusão de atores, diretores de cena, o uso de um estúdio, serviços de pós-edição, etc.
  • Mantenha o seu designer instrucional e os seus especialistas do tema sempre por perto, durante todo o projeto. Se durante as etapas de produção forem necessárias mudanças com impacto no resultado final, é fundamental contar com a opinião destes profissionais.
  • Utilize locais e equipamentos adequados. Som e iluminação são fundamentais. O áudio é uma parte essencial e sua qualidade não pode ser esquecida. Escolha sempre um local que permita a captação de um áudio com qualidade e conte com iluminação artificial se necessário e possível.
  • Remova todos os tipos de distrações. A produção precisa acontecer no prazo certo e com eficiência, caso contrário você poderá ter custos adicionais que não estavam previstos, tais como diárias adicionais dos profissionais envolvidos.
  • Pratique o máximo que puder. Esta é a melhor maneira de aprender: experimentando e fazendo.

Compreenda o seu público e trace a estratégia correta

Um vídeo pode ter um impacto muito significativo sobre um grupo de pessoas, modificando a sua maneira de enxergar determinadas coisas e de agir em situações específicas. Isso dependerá da linguagem adotada e como o público a ser treinado reagirá sobre ela.

Um vídeo de impacto é uma composição de emoção + informação + comunicação. Normalmente o maior desafio é “embutir” a emoção correta dentro de um vídeo, já que a informação dependerá de um especialista no tema e a comunicação de profissionais capazes de adequar o formato e a linguagem de apresentação.

Há alguns meses, conversando com um cliente que queria desenvolver um treinamento em vídeo para vendedores de carros, foi possível perceber como o entendimento sobre o público é fundamental.

O comportamento histórico deste público específico nos treinamentos presenciais (em sala de aula) e a sua percepção sobre o treinamento tradicional indicaram que o vídeo de treinamento deveria, para lograr êxito, conter um elemento de emoção que fosse maior do que a própria informação transmitida em si. Neste caso se pensou em um estilo mais cômico e que pudesse atrair a atenção do público ao mesmo tempo em que pudesse ensinar.

Quando pensamos em adicionar emoção a um vídeo, podemos pensar em alguns estilos básicos que a maioria de nós já conhece:

  • Estilo Cômico: pode ser mais efetivo junto aos níveis operacionais. É preciso garantir que o humor sempre surja a partir dos temas de aprendizado. É como dizem alguns especialistas: “se eles entenderem e riram de uma piada é porque aprenderam algo”.
  • Estilo Dramático: pode ser mais efetivo junto a um público mais diversificado. Baseia-se na apresentação de estórias que sejam capazes de transmitir mensagens sobre os conceitos e temas abordados. Apresenta uma linguagem mais séria e formal. 
  • O vídeo do especialista: pode ser mais efetivo junto aos níveis gerenciais. Baseia-se na apresentação de um especialista sobre um determinado assunto por meio de uma produção geralmente mais simples.
  • Estilo Documentário: pode ser mais efetivo junto a um público mais diversificado. Baseia-se na apresentação através de depoimentos e conteúdos reais sem a encenação de atores. Apresenta uma linguagem mais séria e formal.

Gerencie o tamanho dos arquivos de vídeo

Este é um ponto importante pois influencia diretamente a experiência da pessoa mais importante para o projeto: quem vai assistir o vídeo. Vídeos pesados certamente trarão dificuldades para uma parte do seu público, ou seja, para quem possuir uma internet de menor velocidade.

Para que a experiência com o vídeo seja favorável é fundamental que o mesmo seja exibido de forma contínua. Isso não irritará o espectador e não fará com que a mensagem seja interrompida o que dificultará o aprendizado. Seguem 4 dicas que podem ajudar:

  • Limite a duração máxima do vídeo ou segmente-o em trechos.
  • Estabeleça limites para o tamanho de resolução do vídeo (largura e altura de tela).
  • Comprima o vídeo o máximo que puder (quanto maior a qualidade do vídeo mais pesado será o tamanho do arquivo).
  • Utilize um serviço de streaming de vídeo que gerencie o acesso aos arquivos pelos participantes melhorando a experiência individual.

Saiba como as pessoas acessarão os vídeos

Antes de definir o tipo de formato de vídeo que será publicado tenha conhecimento sobre o tipo de equipamento que as pessoas utilizarão. Dependendo do seu público, é importante pensar em tablets e smartphones que nem sempre aceitarão todos os formatos de arquivos. É importante definir e informar, ou seja, antecipe-se e informe previamente para as pessoas quais são os requisitos técnicos para acessar e assistir um vídeo sem dificuldades.

Equipe Clarity Solutions

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Referências: Best Practices for Using Video in e-Learning – Jessica Athey – Learning Solutions Magazine