Educação Corporativa - Especial: Tendências - Plataformas de Aprendizado (LMS)

Tendência #4: O fim do padrão SCORM?

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Nessa semana vamos tratar da 4ª macrotendência para o mercado de treinamento até 2020. Para muitas pessoas que estão envolvidas há mais tempo com projetos de e-Learning, tenho certeza de que a pergunta título deste artigo pode gerar surpresa, preocupação ou até mesmo alívio.

Na medida em que vemos uma crescente difusão de formatos e meios de aprendizado torna-se natural que a flexibilidade e a capacidade de integrar conhecimento em formatos distintos tornam-se necessidades reais para quem promove o aprendizado por meio de tecnologias.

Se no começo na década de 2000 havia muito burburinho sobre o SCORM, recentemente começou a existir em muitos países do mundo o mesmo nível de ruído só que para tratar do possível fim deste padrão. Isso porque surgiu o Experimento Tin Can API que promete ser um dos candidatos para derrubar o SCORM do seu trono.

O interessante é que se ouve e se lê o mesmo tipo de comentários de 15 anos atrás, ou seja, existiam muitas pessoas que na época se preocupavam com o SCORM sem mesmo que houvesse a certeza sobre a sua consolidação. Mesmo assim era normal ouvir constantemente frases como “esse produto é compatível com SCORM?”, “esse conteúdo é SCORM?”.

O fato é que o SCORM “estacionou” no tempo, enquanto que o mundo continuou a evoluir e a diversificar as formas de aprendizado e de comunicação. Se olharmos detalhadamente para o cenário atual veremos que o SCORM apresenta limitações severas quando pensamos em integrar ferramentas de comunicação, o aprendizado Mobile, o aprendizado informal, etc.

Além disso, as antigas limitações para registrar e gerenciar informações através do SCORM continuam. Para muitos especialistas essa é a principal razão que fará com que um novo padrão se estabeleça e seja amplamente defendido. Podemos pensar, por exemplo, nos dados registrados por meio de uma avaliação respondida. Se no SCORM o registro se restringe ao status de aprovação ou reprovação e à pontuação obtida, no Tin Can API a promessa é coletar dados qualitativos que permitam uma análise mais criteriosa do aprendizado de um indivíduo.

Entretanto, lembre-se de que não existe mágica! A partir do momento em que se estabelece um modelo mais flexível e aberto é natural pensar que a complexidade crescerá. Um novo padrão mais flexível e aberto poderá significar a necessidade de conhecimentos técnicos mais específicos para quem vier a desenhar e implementar cursos em e-Learning.

Mesmo assim não há motivos para qualquer tipo de urgência. O SCORM ainda conseguirá sobreviver por um bom tempo devido ao volume de cursos já existentes, ao funcionamento atual das plataformas LMS e das ferramentas de autoria. Porém, se houver interesse em trabalhar com cursos on-line mais abrangentes e flexíveis, e que integrem conteúdos diversificados e de fontes distintas é importante começar a pensar em avaliar outras opções como o Tin Can API.

Na próxima semana o tema do quinto artigo desta série especial será “A consolidação do aprendizado social ou social learning”. Boa leitura!

Equipe Clarity Solutions

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